Praia de Punta Hermosa |
Para fazer um programa diferente,
durante esta ida a Lima, reservamos um carro na Thrifty do aeroporto (modelo econômico, US$47.50 por 24 horas,
seguro incluído, franquia de 200 km), com o objetivo de visitar umas praias a
40 km ao sul da cidade, onde os surfistas se encantam com as ondas que quebram
por lá.
Depois do café da manhã, pedimos
informações na recepção para irmos ao aeroporto de ônibus. A recepcionista
marcou 2 lugares no nosso mapa e rumamos para o primeiro ponto indicado. Parou
um ônibus onde estava escrito “Callao”,
que é a cidade vizinha onde está localizado o aeroporto. Perguntamos se ia até lá
e o cobrador nos disse que não. Uma senhora, que também estava no ponto, nos
falou que nenhum ônibus ia, que teríamos que pegar uma “van” e que somente elas
nos deixariam na porta do aeroporto.
Este sistema de transporte,
utilizando “vans”, é muito praticado
no Peru. São, na maioria, aquelas “Topics”
(aqui muito usadas no transporte escolar), em más condições de conservação,
onde um cobrador vai literalmente “pendurado” do lado de fora, gritando seus
destinos, tentando arrebanhar passageiros... A passagem custa 2,50 soles, por
passageiro. E, na medida em que caiba, vai gente até de pé! Na que tomamos, em
determinado momento havia 22 pessoas “a bordo”, sendo que a capacidade do
veículo é de 16 passageiros...
Depois de 1:20 de viagem, chegamos
ao destino. Aproveitamos para realizar o check-in
do voo para Cusco, que aconteceria no dia seguinte: menos uma coisa para fazer,
já que iríamos devolver o carro no aeroporto, antes do voo e nunca se sabe como
estará o trânsito naquele dia! Cartões de embarque na mão, fomos até o balcão
da locadora que, na realidade, era a Hertz
(nada contra!). A atendente preencheu vários formulários, eu os assinei e ela colocou
a nossa disposição um Toyota Yaris sedan,
automático, seminovo, melhor do que o “Hunday
Picanto” que reservamos
pela internet.
Toyota Yaris |
Acomodados a bordo e com um mapa
que a atendente nos cedeu, partimos em direção a “Punta Hermosa”, a praia que havia visto umas fotos e que me
agradou. O percurso, de 42 km, segue pela “Ruta
Panamericana Sur”, pista dupla em cada sentido, pedagiada (3,50 soles). Ela
vai margeando a costa, porém um pouco afastada. Quando vimos umas rochas no
mar, ficamos atraídos e saimos da estrada para conhecer o local. Para nossa
surpresa teríamos que pagar 6 soles para estacionar, o que achamos absurdo,
pois só queríamos dar uma olhada no mar... Demos meia volta e retornamos para a
“Ruta”. Outra surpresa: como havíamos
saído da via, para voltar a trafegar nela tivemos que pagar o pedágio novamente
(mais 3,50 soles!). Mais uns quilômetros e estávamos na “Punta Hermosa”. O sistema adotado pelos peruanos é o seguinte: se a
praia não está num condomínio fechado, há, mesmo assim, uma cancela e o
controle de entrada e saída de veículos são constantes.
Entramos, então, na área controlada
(sem problemas), estacionamos e saltamos para dar uma volta a pé pela orla. Uma
calçada acompanha quase toda a praia, que fica mais baixa. A água nos pareceu
muito limpa e, onde paramos, muitas boas ondas e, consequentemente, muitos
surfistas. Bom para recordar os velhos tempos, quando eu ainda praticava o
surf!
Neste momento um rapaz passava pela
calçada carregando sua prancha e eu, na maior “cara de pau” e usando meu “portuñol” fluente, perguntei-lhe se não
se incomodava de me emprestar sua prancha para eu tirar uma foto com ela...
Ele, prontamente, passou-a para minhas mãos e fiz uma pose para Mary “sacar uma foto”! Agradeci-lhe muito e
perguntei como estava o mar, no que ele respondeu: “cresciendo!”, ou seja, as ondas estavam se tornando maiores e
melhorando ainda mais! Agradeci novamente, devolvi a prancha e seguimos nossa
caminhada ao longo da praia, pela calçada.
A partir deste momento, nuvens
encobriram o sol e
aquela disposição de dar um mergulho foi passando... Propus
a Mary que fôssemos para outra praia, a de “Señorita”,
sobre a qual tinha lido a respeito de um restaurante de frutos do mar, o “Marcelo Seafood”. Ela concordou, pegamos
o carro e nos dirigimos até ela, que é a próxima ao norte (5 minutos de
viagem). Para entrar nesta tivemos que deixar um documento na guarita.
Encontramos o restaurante, estacionamos o carro e descemos a pé até a praia,
utilizando uma escadaria construída para isto.
Mary colocou os pés nas águas do
Oceano Pacífico, eu também, mas havia muita sujeira (galhos, folhas) boiando, o
que nos fez recuar e abdicar do banho de mar... Subimos a escadaria novamente e
nos acomodamos no varandão superior do restaurante, porém uma música em volume
alto que saía de uma caixa de som nos espantou para o pavimento térreo. Pedimos
uma porção de iscas de peixe empanadas e fritas e uma cerveja (a recomendação
do funcionário da Hertz que nos
entregou o carro, quando lhe perguntei sobre a legislação peruana sobre beber e
dirigir foi: “no más que una copa de
viño!”). A atendente deixou em nossa mesa um recipiente com uma porção de
milho torrado, que tem grãos grandes e que é muito consumido como o nosso
amendoim, aqui.
Parque del Amor |
Após saborearmos o milho, o peixe e
a cerveja, pagamos a conta (32 soles), pegamos o carro e minha carteira de
motorista de volta e retornamos para Lima. O trânsito estava ótimo e não
tivemos dificuldades para encontrar o caminho de volta para a pousada.
Estacionamos na rua (não há estacionamento na Casa Bella) e saimos para dar uma caminhada ao longo do calçadão
que acompanha a orla de Lima. Passamos pelo farol (El Faro), pelo “Parque del
Amor” e continuamos até o shopping
Larcomar, novamente, onde comprei um livro sobre a culinária peruana.
Pizzas”, a uns 5 quarteirões de onde estávamos. Há dezenas de pizzarias nesta rua, de um lado e do outro e, os garçons, só faltam te pegar “a laço” para você entrar no estabelecimento deles. Escolhemos o último, onde havia uma promoção: uma pizza família, de presunto ou mortadela, mais uma cerveja “Cusqueña” de 1,1 litro, por 35 soles. Resolvemos experimentar... Pedimos meio a meio, por sugestão da garçonete que nos atendeu. A pizza não era ótima e sobraram 3 pedaços, que pedimos para levar, no que fomos prontamente atendidos. Paga a conta (40 soles por causa de um copo de Coca-cola que Mary tomou), partimos para a pousada.
Quando chegamos, a recepcionista
recomendou que estacionássemos na frente do estabelecimento, pois havia câmeras
de segurança. Perguntamos a ela se seria possível tomarmos um pequeno café da
manhã às 5:30 h, já que o plano era estar no carro, seguindo para o aeroporto,
às 6:00 h. Ela disse que sim mas que teríamos que nos contentar com pão
amanhecido, com o que concordamos... Pedimos a ela, ainda, se podia guardar os
pedaços de pizza na geladeira, o que ela fez imediatamente. Subimos, tomamos
“aquele” banho e fomos dormir, pois o dia seguinte iria começar bem cedo!
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