segunda-feira, 5 de maio de 2014

3º dia: sexta-feira, 28/03/2014, Lima

Acordamos e descemos para tomar café numa padaria muito ajeitada do outro lado da avenida. Eram 6:45, eu estava acordado desde às 4:00 h e a atendente nos informou: “café só a partir das 7:15 h...” Atravessamos a rua de novo e descobrimos que, no pavimento térreo do prédio do “apart”, havia um restaurante “local” no lado direito e uma padaria bem simples do lado esquerdo! Nela pedimos 2 cafés (vieram duas xícaras grandes de um café preto saboroso!), 2 pães franceses e um queijo “mantecoso”: uma bolinha com umas 150 g, mais ou menos. Sentamos numa mesa, (havia umas 8), uma atendente nos trouxe os cafés, açúcar e adoçante, uma cestinha com os pães, o queijo e uma faca. Comemos e compramos mais 2 pães. Tudo custou 10,70 soles.

Voltamos ao “studio”, arrumamos as malas e enviei uma mensagem por e-mail solicitando a Janete se
Casa Bella B & B
poderia vir mais cedo, pois já estávamos prontos para partir. Por volta das 9:00 h ela chegou e trouxe um ajudante para carregar as malas até lá embaixo. Descemos, nos despedimos, ela pediu mil desculpas pela situação e dissemos a ela que faltou muita informação na página do “
apart” no booking.com, o que ela respondeu que havia enviado muito mais coisas do que aquilo que estava publicado. E nada mais dissemos... Ela nos acompanhou até a esquina para tomarmos um táxi, mas parou um automóvel velho e o motorista se recusou a negociar. Como havíamos visto no googlemaps que a Casa Bella ficava a 1,8 km de onde estávamos, resolvemos ir caminhando, rebocando as 2 malas que levamos, mochilas às costas...

Chegamos ao B & B em mais ou menos uns 40 minutos de caminhada, tranquila. Fomos muito bem recebidos, a pousada é muito arrumadinha, só que nosso quarto ficava no 3º andar! Perguntamos se era possível nos mudar para o 2º mas, naquele dia, todos os quartos estavam ocupados. Subimos, deixamos as malas e voltamos para a rua, agora para ir ao Mercado Municipal e ao mercado “Polvos Azules”, este de material esportivo, roupas, etc, grande parte de origem “genérica”, se é que podemos assim dizer... A recepcionista nos forneceu um mapa e as indicações de como chegar lá.

E lá fomos nós, caminhando até o Mercado Municipal, que eu, como apaixonado por gastronomia, faço questão de conhecer em todas cidades onde vou. Este de Lima deixou muito a desejar, apesar de ter um tamanho razoável. Entretanto eles não prezam pela limpeza, o que compromete a imagem e até a segurança em comprar algo, como alimentos e bebidas. Entramos e saímos rapidamente e fomos procurar as lojas de artesanatos que existem próximas. Entramos numas 4 e os produtos oferecidos são mais ou menos os mesmos: agasalhos de lã de alpaca, artesanato em madeira e em latão, t-shirts, etc. 

Aí deu vontade de tomar um sorvete e fomos ao
Rincón Chami
encalço de uma “
geladeria” nas imediações. Não encontramos nada que nos animasse, porém, ao passarmos por uma rua estreita, paralela a avenida principal, vimos um toldo azul e os seguintes dizeres: “La mejor comida peruana de Lima!”. Não tivemos dúvida: a fome “bateu”, entramos e nos acomodamos numa mesa. O restaurante chama-se “Rincón Chami” e deu para perceber que é frequentado pelos “locais”. O garçon trouxe o cardápio, um tanto quanto já desgastado, apesar de plastificado, e vi nele: “mondonguitos”! Chamei-o e perguntei se estávamos falando de estômago de boi (bucho ou dobradinha, como nós conhecemos...). Ele me disse que era isto mesmo, então não deu outra: peça um para mim, por favor! Mary pediu uma salada especial “Chami”, um “PF” que vinha com verduras frescas e fatias de abacate, da qual ela gostou muito. Eu também adorei os “mondonguitos”: o “PF” era servido com arroz e
mondonguitos
papas” fritas, além de salada. Coloquei um pouco do molho de pimenta (“aji”) que estava sobre a mesa, mas é muito forte... Tomei uma cerveja “Cusqueña” supergelada e Mary também. Pagamos 50 soles, com a propina!

Sabíamos que pelo sistema de transporte urbano “BRT”, o “Metropolitano”, como eles chamam, poderíamos chegar ao nosso destino. Estávamos na estação Ricardo Palma do BRT onde iríamos embarcar e o guarda de segurança nos disse que teríamos que adquirir um cartão plástico (“tarjeta”) para acessar o sistema e que este cartão somente é vendido numa loja no centro da cidade! Uma senhora, então, nos ajudou: demos a ela 4  soles e ela “carregou” o seu cartão com este valor. Já carregado, passou o cartão na catraca, Mary entrou, passou de novo, eu entrei e depois passou mais uma vez e ela entrou! Pronto, resolvido mais um problema, com a ajuda dos “limeños”, muito prestativos.

Dali seguimos rumo à estação Estádio Municipal, de onde andamos mais 6 quarteirões até chegar ao
Polvos Azules”. Trata-se de um imenso centro comercial que fica dentro de um enorme galpão, com 3 pavimentos, sendo que no subsolo e no 1º estão produtos à venda em centenas de pequenos boxes, com tudo pendurado, exposto e com muitas cores. Comprei um casaco impermeável (da marca Columbia, por 90 soles) e Mary 2 camisas Lacoste, que são fabricadas no Peru mesmo, por 28 soles cada, além de uma mochila “Nike” (60
soles). No 2º pavimento fica uma área de alimentação, mas não nos animamos a utilizá-la... A higiene e a limpeza também passaram longe!

 A próxima incursão seria no “Parque das Águas” que, segundo as
Parque das Águas
informações, é um espetáculo imperdível. Atravessamos a via que fica em frente ao mercado e entramos num parque. Achamos estranho porque sabíamos que teríamos que pagar para entrar e, neste, não era preciso: descobrimos que estávamos no parque errado, que o que queríamos visitar estava 6 quarteirões mais abaixo... Andamos até ele e, próxima aos portões, há uma “praça de alimentação”, onde existe uma sorveteria! Então, aquele “gelado”, que queríamos tomar pela manhã, tomamos neste momento! Muitos sabores, entre frutas, chocolate e outros.
Pagamos 4 soles cada um para entrar no parque. E é realmente E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R o que os esguichos, fontes e chafarizes fazem com as águas, ao som de música clássica! Há, também, brincadeiras, como a fonte que forma um túnel e passa-se por dentro dele sem se molhar! Ou os esguichos que ficam no chão e que a criançada adora: à medida que tentam se esquivar, a água sobe e molha-os, o que os diverte muito!

Supermercado Vivanda
Estávamos cansados e resolvemos passar em um supermercado, comprar algo para beliscar e uma garrafa de vinho para acompanhar, no quarto da pousada. Assim fizemos: saltamos do BRT próximo ao Supermercado Vivanda, muito bom. Compramos um pedaço de queijo EDAM, 200 g de um mix de presuntos e outros frios cortados em pedaços pequenos, pão ciabata, água mineral e um vinho branco peruano, Tabernero, da uva chenin blanc.


Chegamos à pousada e a recepcionista nos informou que poderíamos mudar de quarto, para o 2º pavimento, no dia seguinte. Ótimo, dissemos, “y muchas gracias”! Subimos, tomamos banho, ceiamos e fomos dormir. No dia seguinte nos aguardava outro périplo!

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