Último dia em Cusco: no dia seguinte voaremos para Lima e, depois, para São
Paulo. Não tínhamos nenhum compromisso, então não levantamos cedo. Após o café
da manhã saimos para perambular mais um pouco pela cidade, pois não tínhamos a
mínima vontade de nos aventurar em alguma das muitas excursões para visitar
outras cidades, outras ruínas... Queríamos, isto sim, aproveitar o dia para
comprar algumas lembrancinhas para nossos filhos e outras pessoas queridas!
Mercado Central de San Pedro |
A caminhada inicial foi em direção
ao Mercado Central de San Pedro. Ficava a uns
8 quarteirões do hotel e para lá nos dirigimos, com base no mapa que nos
acompanhou todos estes dias. Encontramos o dito cujo: é um mercado de frutas,
verduras, carnes, comida pronta, artesanatos. Mas não animamos em
comprar nada, pois constatamos que não há uma preocupação com a higiene e a
limpeza, mais uma vez... Nos arredores muitos açougues, com carnes expostas sem
proteção, além de muitos vendedores ambulantes, cujas mercadorias ficam
espalhadas pelas calçadas.
Voltamos, então, para o centro
histórico e, no caminho, fizemos nosso pit
stop numa das cafeterias da área: tomei um espresso duplo, comi uma empanada e um alfajor com dulce de leche. Mary preferiu um chocolate quente e uma
empanada, também. A conta: 19 soles. Retornamos para a rua e paramos numa
lojinha que vende CD’s, onde comprei alguns com música atual tocadas com
instrumentos andinos!
Na Plaza de Armas resolvemos embarcar num micro-ônibus, daqueles com
dois andares, sendo que o de
cima não tem cobertura, para fazer um tour pela cidade. Gastamos 2 horas e nos
custou 20 soles por pessoa. Coincidentemente, quando subimos para o pavimento
superior, começou a chuviscar... Imediatamente a guia levou uma capa de chuva
para cada um que estava lá! As capas já tinham sido utilizadas anteriormente,
podia-se concluir pelo cheiro de mofo que exalavam... Sorte que os chuviscos
passaram logo e, assim, nos desvencilhamos das capas! Para nossa “alegria”,
para não dizer o contrário, o motorista deu uma 5 voltas em torno da praça
antes de iniciar o tour, muito
provavelmente na esperança de arrebanhar mais alguns turistas e fazer mais
dinheiro, o que não aconteceu.
O micro passou por diversos
monumentos, os quais a guia explicava em espanhol e em inglês. E subiu até o Mirador “Cristo Blanco”, onde fica uma estátua parecida
com nosso Cristo Redentor, só que em tamanho bem menor, que fica em cima de uma
montanha, de onde se tem uma visão quase completa da cidade e onde se faz uma
parada de 15 minutos para “sacar unas
fotos”. Paramos, ainda, numa loja de artesanatos, onde recebemos uma aula
de como saber se a lã é mesmo de “alpaca” ou se é artificial ou mista. Mary
gostou e comprou uma pachimina de “alpaca” pura, como ela mesmo pode constatar!
Ruínas de Saksaywaman |
A excursão passou, também,
pelas ruínas de Saksaywaman, onde
estão o que restou do palácio dos incas, Qurikancha,
e do Templo das Deusas do Sol. É mais uma parte do enorme mistério que cerca
estas construções que, supostamente, foram erguidas lá pelos anos 1100 d.C.,
utilizando pedras muito grandes, muito pesadas, que ninguém ainda descobriu
como é que foram cortadas “milimetricamente”, nem como foram transportadas até
lá e encaixadas perfeitamente umas sobre as outras, formando muralhas e outras
edificações.
do Templo do Sol, Centro Artesanal de Cusco |
Finda a excursão, era hora
de realizarmos as compras das lembrancinhas e, então, fomos nós para o “Centro Artesanal de Cusco”, onde
centenas de boxes oferecem os mais diversos e coloridos artigos: sapatos,
mantas, casacos, bolsas e muito, mas muito mais! Pela foto aí ao lado dá para ter uma idéia da diversidade de produtos! Enquanto Mary fazia sua pesquisa e compras, eu me acomodei num dos botecos existente lá dentro e tomei uma cerveja Cusqueña bem gelada, enquanto petiscava uns cubinhos de queijo fresco local.
interior do Centro Artesanal de Cusco |
Para encerrar nossa estada
na cidade, fomos a um supermercado, compramos duas garrafas de vinho peruano, para dar de presente aqui no Brasil, e nos abastecemos com ingredientes para
preparar outros sanduíches, que iriam nos alimentar durante a espera para
embarcar no aeroporto de Lima. Então voltamos para a pousada.
Resolvemos sair para
jantar e eu sugeri que fôssemos num daqueles restaurantes locais e muito comuns
por lá, onde assam frangos e servem porções correspondentes a 1/8 ou ¼ ou ½ da
ave com papas fritas. Mary topou e
bem perto do hotel há uns 3 ou 4. Entramos num que havia achado mais simpático
e pedimos: 1/8 para Mary e ¼ para mim, que estava mais esfomeado... Antes de tudo
foi servida uma sopinha de legumes, tipo aquela "da Vovó", quentinha (o tempo tinha
esfriado um pouco, esta noite), saborosa, que caiu muito bem. Depois vieram os
pratos e ambos exclamamos: “Putz! É muita comida!”. Encaramos o frango, que
estava suculento e bem temperado, assado no ponto. Entretanto as papas fritas eram suficientes para
alimentar uma 4 pessoas... O que fizemos? Pedimos para o garçon embalar para
viagem e levamos para o hotel, onde demos de presente para o casal de
recepcionistas que estavam lá e que adoraram!
No caminho do hotel comprei
uma garrafinha (375 ml) de vinho branco chileno, “Casillero del Diablo
sauvignon blanc”, a qual iríamos degustar enquanto arrumávamos
as malas, já que no restaurante não serviam nem vinho nem cerveja, só
refrigerantes e aqueles “refrescos” locais, que não nos entusiasmaram... Fomos
para o quarto, abri o vinho e o tomamos enquanto preparei o lanche e Mary
arrumou as malas. Desci para pedir para colocar os sanduíches na geladeira e
aproveitei para solicitar que chamassem um táxi para nos pegar à 5:30 h da
manhã do dia seguinte. Como fiz anteriormente, solicitei ainda que preparassem
um café da manhã para as 5:00 h, no que, mais uma vez, fui atendido na hora.
Restou-nos tomar um banho e
tentar dormir...
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