Acordamos e descemos para tomar
café numa padaria muito ajeitada do outro lado da avenida. Eram 6:45, eu estava
acordado desde às 4:00 h e a atendente nos informou: “café só a partir das 7:15
h...” Atravessamos a rua de novo e descobrimos que, no pavimento térreo do
prédio do “apart”, havia um restaurante “local” no lado direito e uma padaria
bem simples do lado esquerdo! Nela pedimos 2 cafés (vieram duas xícaras grandes
de um café preto saboroso!), 2 pães franceses e um queijo “mantecoso”: uma
bolinha com umas 150 g, mais ou menos. Sentamos numa mesa, (havia umas 8), uma
atendente nos trouxe os cafés, açúcar e adoçante, uma cestinha com os pães, o
queijo e uma faca. Comemos e compramos mais 2 pães. Tudo custou 10,70 soles.
Voltamos ao “studio”, arrumamos as malas e enviei uma mensagem por e-mail
solicitando a Janete se
poderia vir mais cedo, pois já estávamos prontos para
partir. Por volta das 9:00 h ela chegou e trouxe um ajudante para carregar as
malas até lá embaixo. Descemos, nos despedimos, ela pediu mil desculpas pela
situação e dissemos a ela que faltou muita informação na página do “apart” no booking.com, o que ela respondeu que havia enviado muito mais
coisas do que aquilo que estava publicado. E nada mais dissemos... Ela nos
acompanhou até a esquina para tomarmos um táxi, mas parou um automóvel velho e
o motorista se recusou a negociar. Como havíamos visto no googlemaps que a Casa Bella
ficava a 1,8 km de onde estávamos, resolvemos ir caminhando, rebocando as 2
malas que levamos, mochilas às costas...
Casa Bella B & B |
Chegamos ao B & B em mais ou
menos uns 40 minutos de caminhada, tranquila. Fomos muito bem recebidos, a
pousada é muito arrumadinha, só que nosso quarto ficava no 3º andar!
Perguntamos se era possível nos mudar para o 2º mas, naquele dia, todos os
quartos estavam ocupados. Subimos, deixamos as malas e voltamos para a rua,
agora para ir ao Mercado Municipal e ao mercado “Polvos Azules”, este de material esportivo, roupas, etc, grande
parte de origem “genérica”, se é que podemos assim dizer... A recepcionista nos
forneceu um mapa e as indicações de como chegar lá.
E lá fomos nós, caminhando até o
Mercado Municipal, que eu, como apaixonado por gastronomia, faço questão de
conhecer em todas cidades onde vou. Este de Lima
deixou muito a desejar, apesar de ter um tamanho razoável. Entretanto eles não
prezam pela limpeza, o que compromete a imagem e até a segurança em comprar
algo, como alimentos e bebidas. Entramos e saímos rapidamente e fomos procurar
as lojas de artesanatos que existem próximas. Entramos numas 4 e os produtos
oferecidos são mais ou menos os mesmos: agasalhos de lã de alpaca, artesanato
em madeira e em latão, t-shirts, etc.
Aí deu vontade de tomar um sorvete e fomos ao
encalço de uma “geladeria” nas imediações. Não
encontramos nada que nos animasse, porém, ao passarmos por uma rua estreita,
paralela a avenida principal, vimos um toldo azul e os seguintes dizeres: “La mejor comida peruana de Lima!”. Não
tivemos dúvida: a fome “bateu”, entramos e nos acomodamos numa mesa. O
restaurante chama-se “Rincón Chami” e
deu para perceber que é frequentado pelos “locais”. O garçon trouxe o cardápio,
um tanto quanto já desgastado, apesar de plastificado, e vi nele: “mondonguitos”! Chamei-o e perguntei se
estávamos falando de estômago de boi (bucho ou dobradinha, como nós conhecemos...).
Ele me disse que era isto mesmo, então não deu outra: peça um para mim, por
favor! Mary pediu uma salada especial “Chami”,
um “PF” que vinha com verduras frescas e fatias de abacate, da qual ela gostou
muito. Eu também adorei os “mondonguitos”:
o “PF” era servido com arroz e
“papas”
fritas, além de salada. Coloquei um pouco do molho de pimenta (“aji”) que estava sobre a mesa, mas é
muito forte... Tomei uma cerveja “Cusqueña”
supergelada e Mary também. Pagamos 50 soles, com a propina!
Rincón Chami |
mondonguitos |
Sabíamos que pelo sistema de
transporte urbano “BRT”, o “Metropolitano”, como eles chamam, poderíamos chegar ao nosso destino. Estávamos na estação Ricardo Palma
do BRT onde iríamos embarcar e o guarda de segurança nos disse que teríamos que
adquirir um cartão plástico (“tarjeta”)
para acessar o sistema e que este cartão somente é vendido numa loja no centro
da cidade! Uma senhora, então, nos ajudou: demos a ela 4 soles e ela “carregou” o seu cartão com este
valor. Já carregado, passou o cartão na catraca, Mary entrou, passou de novo,
eu entrei e depois passou mais uma vez e ela entrou! Pronto, resolvido mais um
problema, com a ajuda dos “limeños”,
muito prestativos.
Dali seguimos rumo à estação
Estádio Municipal, de onde andamos mais 6 quarteirões até chegar ao
“Polvos Azules”. Trata-se de um imenso centro comercial que fica dentro de um enorme galpão, com 3 pavimentos, sendo que no subsolo e no 1º estão produtos à venda
em centenas de pequenos boxes, com tudo pendurado, exposto e com muitas cores.
Comprei um casaco impermeável (da marca Columbia,
por 90 soles) e Mary 2 camisas Lacoste,
que são fabricadas no Peru mesmo, por 28 soles cada, além de uma mochila “Nike” (60 soles). No 2º pavimento fica uma área de alimentação, mas não nos animamos a utilizá-la... A higiene e a limpeza também passaram longe!
A próxima incursão seria no “Parque das Águas”
que, segundo as
informações, é um espetáculo imperdível. Atravessamos a via que
fica em frente ao mercado e entramos num parque. Achamos estranho porque
sabíamos que teríamos que pagar para entrar e, neste, não era preciso:
descobrimos que estávamos no parque errado, que o que queríamos visitar estava
6 quarteirões mais abaixo... Andamos até ele e, próxima aos portões, há uma
“praça de alimentação”, onde existe uma sorveteria! Então, aquele “gelado”, que queríamos tomar pela manhã,
tomamos neste momento! Muitos sabores, entre frutas, chocolate e outros.
Parque das Águas |
Pagamos 4 soles cada um para entrar
no parque. E é realmente E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R o que os esguichos, fontes e
chafarizes fazem com as águas, ao som de música clássica! Há, também,
brincadeiras, como a fonte que forma um túnel e passa-se por dentro dele sem se
molhar! Ou os esguichos que ficam no chão e que a criançada adora: à medida que
tentam se esquivar, a água sobe e molha-os, o que os diverte muito!
Supermercado Vivanda |
Estávamos cansados e resolvemos
passar em um supermercado, comprar algo para beliscar e uma garrafa de vinho
para acompanhar, no quarto da pousada. Assim fizemos: saltamos do BRT próximo
ao Supermercado Vivanda, muito bom.
Compramos um pedaço de queijo EDAM,
200 g de um mix de presuntos e outros frios cortados em pedaços pequenos, pão
ciabata, água mineral e um vinho branco peruano, Tabernero, da uva chenin
blanc.
Chegamos à pousada e a
recepcionista nos informou que poderíamos mudar de quarto, para o 2º pavimento,
no dia seguinte. Ótimo, dissemos, “y muchas
gracias”! Subimos, tomamos banho, ceiamos e fomos dormir. No dia seguinte
nos aguardava outro périplo!
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