Voamos TAM, às 18:26 h, partindo de
Vitória, ES. Chegamos em Guarulhos às 20:00 h e tentamos fazer o
check-in para o voo do dia seguinte mas
não foi possível: teríamos que esperar virar o dia calendário! Então pegamos o
micro-ônibus que faz o translado até o hotel que escolhemos, o Monreale, bem próximo ao aeroporto: diária com translados
de e para o aeroporto e café da manhã = R$168). Feito o check-in, subimos para nosso quarto, comemos os sanduiches que
havíamos preparado em Vitória, acompanhados por água mineral e uma latinha de
cerveja, ambos do frigobar do hotel, e fomos dormir.Lima, Cusco e Macchu Pichu em 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
2º dia: quinta-feira, 27/03/2014, Guarulhos x Lima
Nosso voo, também pela TAM,
partiria às 7:30 h. Acordamos às 4:30 h, descemos e tomamos um ótimo café da
manhã. Check-out feito, pegamos o
translado das 5:30 h (havíamos reservado quando fizemos o check-in). Então embarcamos e decolamos no horário. Passada 1:30 a
tripulação serviu sanduiches quentes, sucos, refrigerantes e café. Às 10:30 h,
horário local (são 2 horas a menos de diferença) aterrissamos. Trocamos US$50
na casa de câmbio existente dentro do aeroporto: 1 dólar americano = 2,65 soles. Negociamos um táxi no saguão: 50
soles até o “apart”, em Miraflores (o taxista havia pedido 60!). Achamos o
endereço do Studio Apart Miraflores,
reservado pelo site booking.com (*).
Foi só sairmos do aeroporto para levarmos um susto: o trânsito é caótico, todo mundo buzina o tempo todo, inacreditável!
Foi só sairmos do aeroporto para levarmos um susto: o trânsito é caótico, todo mundo buzina o tempo todo, inacreditável!
Quase não acreditamos quando chegamos e observamos a
fachada do prédio de 3 pavimentos onde ele fica: é horrível! Em todo caso toquei
a campainha do apartamento 42 e uma voz feminina me atendeu. Ela me pediu um
tempinho e, 10 minutos depois, Janete, a proprietária, desceu. Mary subiu para
ver como é que era... São 3 andares de escadas, não tem ar condicionado, só um
ventilador pequeno. Parece que ela mora ali (ela não citou isso!) e sai quando
aluga para alguém ... Enfim: NÃO DAVA PARA FICAR ALI! Resolvemos dormir SOMENTE esta noite no imóvel.
(*) Nosso pecado foi alugá-lo com base somente nas fotos, na
descrição, no endereço e no preço que está no booking.com: como não havia comentários de nenhum ex-usuário, por
estar cadastrado há pouco tempo, julgamos que seria uma boa opção para nos
acomodarmos em Lima. Posteriormente deixei meus comentários no site, citando isto tudo e não recomendando a ninguém este “apart”!
Negociamos com a Janete e seu filho, Rodrigo, e cancelamos as demais 3 noite em que ficaríamos ali. Os travesseiros fediam a suor. O chão do banheiro nunca viu uma faxina. Eles concordaram com o cancelamento (se não, teríamos que pagar esta diária: o cancelamento só pode ser feito, sem custo, com 24 horas de antecedência). Pagamos os US$42 contratados para uma noite, nos entregaram as chaves e combinamos de devolvê-las no dia seguinte, 10:00 h da manhã. A janela do quarto, integrado com um balcão de bar, uma pia e um pequeno fogão de 2 bocas, tem um armário e uma cama de casal, dá para uma avenida movimentadíssima. O trânsito é intenso e caótico: os motoristas buzinam incessantemente, o dia inteiro!
Deixamos as malas, descemos e saímos para comer algo. Trocamos mais alguns dólares com um daqueles senhores com jaleco azul, na rua: 1 dólar = 2,8 soles. Paramos no “Crepes & Waffles”: Mary pediu uma salada mediterrânea e eu um crepe de espinafre e queijo, ambos muito saborosos. Tomei uma cerveja local, “Cristal”, Mary um suco. Pagamos 60 soles, com a propina (gorjeta).
crepe de espinafre e queijo |
salada mediterrânea |
Voltamos para o “Studio” e pesquisamos no booking.com outro local para nos hospedarmos. Achamos a Casa Bella B & B, a 100 m da orla, também em Miraflores: US$52 por noite, com café da manhã, onde reservamos os outros 3 dias de nossa estada em Lima.
Resolvido o problema, fomos caminhando até a orla e encontramos um shopping center, o “Larcomar”, grande e moderno, e resolvemos conhecê-lo.
Larcomar |
Já era noite e, depois de perambular bastante por ele, resolvemos voltar para o “apart”. No caminho paramos numa loja de souvenires e comprei uma garrafinha de pisco, a bebida típica de lá. Paramos, ainda, no restaurante “Tanta”, um dos que pertence ao famoso gastrônomo peruano “Gaston Astúrio”, onde comemos uma tortilla e um mix de salsichas, presunto, ovo mexido e batatas fritas, acompanhados com 4 molhos. Tomamos 2 cervejas locais “Cusqueña”. Pedi uma 3ª, mas não trouxeram. Como já havíamos acabado de comer, pedimos a conta. E veio a cobrança de 3 cervejas... Chamei o garçon e expliquei-lhe, mas ele teimou comigo que eu tinha pedido a 3ª e ele tinha trazido! Depois de algumas idas e vindas ao caixa e à cozinha, ele trouxe a conta correta e pediu desculpas pela falha. Pagamos 63 soles.
tortilla |
mix de salsichas, presunto, ovo mexido e batatas fritas |
Voltamos caminhando ao "studio", subimos os 3 andares,
tomamos banho e tentamos dormir...
3º dia: sexta-feira, 28/03/2014, Lima
Acordamos e descemos para tomar
café numa padaria muito ajeitada do outro lado da avenida. Eram 6:45, eu estava
acordado desde às 4:00 h e a atendente nos informou: “café só a partir das 7:15
h...” Atravessamos a rua de novo e descobrimos que, no pavimento térreo do
prédio do “apart”, havia um restaurante “local” no lado direito e uma padaria
bem simples do lado esquerdo! Nela pedimos 2 cafés (vieram duas xícaras grandes
de um café preto saboroso!), 2 pães franceses e um queijo “mantecoso”: uma
bolinha com umas 150 g, mais ou menos. Sentamos numa mesa, (havia umas 8), uma
atendente nos trouxe os cafés, açúcar e adoçante, uma cestinha com os pães, o
queijo e uma faca. Comemos e compramos mais 2 pães. Tudo custou 10,70 soles.
Voltamos ao “studio”, arrumamos as malas e enviei uma mensagem por e-mail
solicitando a Janete se
poderia vir mais cedo, pois já estávamos prontos para
partir. Por volta das 9:00 h ela chegou e trouxe um ajudante para carregar as
malas até lá embaixo. Descemos, nos despedimos, ela pediu mil desculpas pela
situação e dissemos a ela que faltou muita informação na página do “apart” no booking.com, o que ela respondeu que havia enviado muito mais
coisas do que aquilo que estava publicado. E nada mais dissemos... Ela nos
acompanhou até a esquina para tomarmos um táxi, mas parou um automóvel velho e
o motorista se recusou a negociar. Como havíamos visto no googlemaps que a Casa Bella
ficava a 1,8 km de onde estávamos, resolvemos ir caminhando, rebocando as 2
malas que levamos, mochilas às costas...
Casa Bella B & B |
Chegamos ao B & B em mais ou
menos uns 40 minutos de caminhada, tranquila. Fomos muito bem recebidos, a
pousada é muito arrumadinha, só que nosso quarto ficava no 3º andar!
Perguntamos se era possível nos mudar para o 2º mas, naquele dia, todos os
quartos estavam ocupados. Subimos, deixamos as malas e voltamos para a rua,
agora para ir ao Mercado Municipal e ao mercado “Polvos Azules”, este de material esportivo, roupas, etc, grande
parte de origem “genérica”, se é que podemos assim dizer... A recepcionista nos
forneceu um mapa e as indicações de como chegar lá.
E lá fomos nós, caminhando até o
Mercado Municipal, que eu, como apaixonado por gastronomia, faço questão de
conhecer em todas cidades onde vou. Este de Lima
deixou muito a desejar, apesar de ter um tamanho razoável. Entretanto eles não
prezam pela limpeza, o que compromete a imagem e até a segurança em comprar
algo, como alimentos e bebidas. Entramos e saímos rapidamente e fomos procurar
as lojas de artesanatos que existem próximas. Entramos numas 4 e os produtos
oferecidos são mais ou menos os mesmos: agasalhos de lã de alpaca, artesanato
em madeira e em latão, t-shirts, etc.
Aí deu vontade de tomar um sorvete e fomos ao
encalço de uma “geladeria” nas imediações. Não
encontramos nada que nos animasse, porém, ao passarmos por uma rua estreita,
paralela a avenida principal, vimos um toldo azul e os seguintes dizeres: “La mejor comida peruana de Lima!”. Não
tivemos dúvida: a fome “bateu”, entramos e nos acomodamos numa mesa. O
restaurante chama-se “Rincón Chami” e
deu para perceber que é frequentado pelos “locais”. O garçon trouxe o cardápio,
um tanto quanto já desgastado, apesar de plastificado, e vi nele: “mondonguitos”! Chamei-o e perguntei se
estávamos falando de estômago de boi (bucho ou dobradinha, como nós conhecemos...).
Ele me disse que era isto mesmo, então não deu outra: peça um para mim, por
favor! Mary pediu uma salada especial “Chami”,
um “PF” que vinha com verduras frescas e fatias de abacate, da qual ela gostou
muito. Eu também adorei os “mondonguitos”:
o “PF” era servido com arroz e
“papas”
fritas, além de salada. Coloquei um pouco do molho de pimenta (“aji”) que estava sobre a mesa, mas é
muito forte... Tomei uma cerveja “Cusqueña”
supergelada e Mary também. Pagamos 50 soles, com a propina!
Rincón Chami |
mondonguitos |
Sabíamos que pelo sistema de
transporte urbano “BRT”, o “Metropolitano”, como eles chamam, poderíamos chegar ao nosso destino. Estávamos na estação Ricardo Palma
do BRT onde iríamos embarcar e o guarda de segurança nos disse que teríamos que
adquirir um cartão plástico (“tarjeta”)
para acessar o sistema e que este cartão somente é vendido numa loja no centro
da cidade! Uma senhora, então, nos ajudou: demos a ela 4 soles e ela “carregou” o seu cartão com este
valor. Já carregado, passou o cartão na catraca, Mary entrou, passou de novo,
eu entrei e depois passou mais uma vez e ela entrou! Pronto, resolvido mais um
problema, com a ajuda dos “limeños”,
muito prestativos.
Dali seguimos rumo à estação
Estádio Municipal, de onde andamos mais 6 quarteirões até chegar ao
“Polvos Azules”. Trata-se de um imenso centro comercial que fica dentro de um enorme galpão, com 3 pavimentos, sendo que no subsolo e no 1º estão produtos à venda
em centenas de pequenos boxes, com tudo pendurado, exposto e com muitas cores.
Comprei um casaco impermeável (da marca Columbia,
por 90 soles) e Mary 2 camisas Lacoste,
que são fabricadas no Peru mesmo, por 28 soles cada, além de uma mochila “Nike” (60 soles). No 2º pavimento fica uma área de alimentação, mas não nos animamos a utilizá-la... A higiene e a limpeza também passaram longe!
A próxima incursão seria no “Parque das Águas”
que, segundo as
informações, é um espetáculo imperdível. Atravessamos a via que
fica em frente ao mercado e entramos num parque. Achamos estranho porque
sabíamos que teríamos que pagar para entrar e, neste, não era preciso:
descobrimos que estávamos no parque errado, que o que queríamos visitar estava
6 quarteirões mais abaixo... Andamos até ele e, próxima aos portões, há uma
“praça de alimentação”, onde existe uma sorveteria! Então, aquele “gelado”, que queríamos tomar pela manhã,
tomamos neste momento! Muitos sabores, entre frutas, chocolate e outros.
Parque das Águas |
Pagamos 4 soles cada um para entrar
no parque. E é realmente E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R o que os esguichos, fontes e
chafarizes fazem com as águas, ao som de música clássica! Há, também,
brincadeiras, como a fonte que forma um túnel e passa-se por dentro dele sem se
molhar! Ou os esguichos que ficam no chão e que a criançada adora: à medida que
tentam se esquivar, a água sobe e molha-os, o que os diverte muito!
Supermercado Vivanda |
Estávamos cansados e resolvemos
passar em um supermercado, comprar algo para beliscar e uma garrafa de vinho
para acompanhar, no quarto da pousada. Assim fizemos: saltamos do BRT próximo
ao Supermercado Vivanda, muito bom.
Compramos um pedaço de queijo EDAM,
200 g de um mix de presuntos e outros frios cortados em pedaços pequenos, pão
ciabata, água mineral e um vinho branco peruano, Tabernero, da uva chenin
blanc.
Chegamos à pousada e a
recepcionista nos informou que poderíamos mudar de quarto, para o 2º pavimento,
no dia seguinte. Ótimo, dissemos, “y muchas
gracias”! Subimos, tomamos banho, ceiamos e fomos dormir. No dia seguinte
nos aguardava outro périplo!
4º dia: sábado, 29/03/2014, Lima
Acordamos não muito cedo, depois de
uma noite bem dormida! Quando descemos para o café da manhã a recepcionista nos
disse que nosso novo quarto estaria pronto em alguns minutos. Assim que
terminamos de comer, subimos, pegamos as malas e nos acomodamos no quarto nº
203, com vista para a rua e o mar!
Na recepção buscamos informações de
como ir até o Palácio das Armas, assistir a troca da guarda que,
conforme informações, é um bonito espetáculo. A recepcionista marcou tudo no mapa que havia nos dado no dia anterior e, ainda, emprestou-nos um cartão do BRT (tarjeta), para carregarmos com as passagens que iríamos usar para, depois, devolver ao hotel! Achamos muito simpático este gesto!
conforme informações, é um bonito espetáculo. A recepcionista marcou tudo no mapa que havia nos dado no dia anterior e, ainda, emprestou-nos um cartão do BRT (tarjeta), para carregarmos com as passagens que iríamos usar para, depois, devolver ao hotel! Achamos muito simpático este gesto!
Dirigimos-nos para a estação Ricardo Palma do BRT, carregamos a “tarjeta”
com 4 passagens (8 soles) e embarcamos. Descemos na estação Central, onde fica
o hotel Marriot, chiquérrimo! E é
onde está localizada uma das “Oficinas de
Turismo” da cidade e se conseguem informações diversas
sobre o assunto. No saguão veio um senhor, funcionário do hotel, nos atender.
Pedimos um mapa, ele nos conseguiu um exemplar e anotou nele as direções para
onde deveríamos ir.
Plaza de Armas |
Bar Cordano |
causa limeña |
No trajeto atravessamos o Parque de La Muralla, o qual fica situado ao
longo de um pequeno trecho do rio de mesmo nome, que está sendo canalizado para
a construção, a seu lado, de uma linha do metrô. Neste parque podem ser vistas
ruínas de casas erguidas no início do século
17 e parte da muralha de pedras
anterior a isto.
Parque de La Muralla |
Atravessamos a ponte sobre o rio e
chegamos ao distrito de Rimac.
Caminhamos até outro parque, onde está o “Paseo
de Águas”, um belo exemplo da arquitetura espanhola. Dali voltamos até
achar a Plaza de Toros, que estava
fechada para visitações... Resolvemos retornar até a estação central, só que
atravessando outra ponte, esta com inúmeros camelôs vendendo de tudo: sapatos,
gorros de lã, panelas, brinquedos, artesanatos e muito, mas muito mais, mesmo!
Continuamos na direção da estação e atravessamos uma “25 de março” (aquela, de São Paulo!) imensa: gente, gente, gente, camelôs, camelôs, camelôs, incrível! E assustador, também!
Passamos até pelo portal do bairro chinês, que não
atraiu-nos nem um pouco... Depois de uma hora andando sem parar, no meio
daquela multidão, finalmente chegamos a uma estação do BRT. Ali pedimos ajuda a
outra pessoa, que prontamente “quebrou o galho”, carregou seu cartão com 4
soles que lhe demos e passou-nos pelas roletas!
Paseo de Águas |
Continuamos na direção da estação e atravessamos uma “25 de março” (aquela, de São Paulo!) imensa: gente, gente, gente, camelôs, camelôs, camelôs, incrível! E assustador, também!
portal do bairro chinês |
Queríamos ir até o bairro “Barranco” onde, segundo as informações,
é um local cheio de barzinhos e restaurantes, bem “descolado”. Saltamos numa
estação que nos indicaram e estava ali um sorveteiro, num carrinho adaptado a
uma bicicleta. Pedimos mais informações a ele, que era croata e falava inglês
muito bem, nos indicou a “Ponte dos Suspiros”, mais na frente, e o mirante.
Chegamos lá depois de andarmos uns 10 quarteirões e de nos depararmos com uma
gravação de uma cena de um filme, onde 3 jovens, um deles armado com um
revolver, abordavam outro, simulando um assalto... Quando paramos para assistir
eles estavam finalizando aquela tomada. Não esperamos pela próxima e seguimos
em frente.
A “Ponte dos Suspiros” não nos
causou nenhum
apelo, pois é de madeira, pequena e passa sobre uma vala seca...
No mirante, com uma deslumbrante vista para o mar, sentamos no bar da “Posada del Mirador”, tomamos (mais) uma
cerveja “Cusqueña” e uma água mineral
(13 soles as duas!) e voltamos para a avenida principal do bairro, onde
encontramos outra “Oficina de Turismo”.
Ali pegamos um mapa da região e indicações de seus restaurantes.
Posada del Mirador |
Fomos até um supermercado comprar
água mineral e, no caminho, entramos em alguns restaurantes, para dar uma
olhada nos cardápios. Escolhemos o Roky’s: grande, meio modernoso, onde eu pedi
um “lomo saltado a lo pobre” (tiras
de filé mignon grelhadas com batatas e rodelas de bananas fritas, salada e um ovo estrelado) e Mary
pediu uma chuleta com fritas (um bife bovino caprichado). Tomei uma cerveja “Cristal” e Mary uma Coca-cola, que
estava incluída no “combo” dela. Também um pedaço de torta fazia parte e ela
pediu uma de chocolate, bem razoável! Pagamos 48 soles, incluindo a gorjeta.
lomo saltado a lo pobre |
5º dia: domingo, 30/03/2014, Lima, Punta Hermosa
Praia de Punta Hermosa |
Para fazer um programa diferente,
durante esta ida a Lima, reservamos um carro na Thrifty do aeroporto (modelo econômico, US$47.50 por 24 horas,
seguro incluído, franquia de 200 km), com o objetivo de visitar umas praias a
40 km ao sul da cidade, onde os surfistas se encantam com as ondas que quebram
por lá.
Depois do café da manhã, pedimos
informações na recepção para irmos ao aeroporto de ônibus. A recepcionista
marcou 2 lugares no nosso mapa e rumamos para o primeiro ponto indicado. Parou
um ônibus onde estava escrito “Callao”,
que é a cidade vizinha onde está localizado o aeroporto. Perguntamos se ia até lá
e o cobrador nos disse que não. Uma senhora, que também estava no ponto, nos
falou que nenhum ônibus ia, que teríamos que pegar uma “van” e que somente elas
nos deixariam na porta do aeroporto.
Este sistema de transporte,
utilizando “vans”, é muito praticado
no Peru. São, na maioria, aquelas “Topics”
(aqui muito usadas no transporte escolar), em más condições de conservação,
onde um cobrador vai literalmente “pendurado” do lado de fora, gritando seus
destinos, tentando arrebanhar passageiros... A passagem custa 2,50 soles, por
passageiro. E, na medida em que caiba, vai gente até de pé! Na que tomamos, em
determinado momento havia 22 pessoas “a bordo”, sendo que a capacidade do
veículo é de 16 passageiros...
Depois de 1:20 de viagem, chegamos
ao destino. Aproveitamos para realizar o check-in
do voo para Cusco, que aconteceria no dia seguinte: menos uma coisa para fazer,
já que iríamos devolver o carro no aeroporto, antes do voo e nunca se sabe como
estará o trânsito naquele dia! Cartões de embarque na mão, fomos até o balcão
da locadora que, na realidade, era a Hertz
(nada contra!). A atendente preencheu vários formulários, eu os assinei e ela colocou
a nossa disposição um Toyota Yaris sedan,
automático, seminovo, melhor do que o “Hunday
Picanto” que reservamos
pela internet.
Toyota Yaris |
Acomodados a bordo e com um mapa
que a atendente nos cedeu, partimos em direção a “Punta Hermosa”, a praia que havia visto umas fotos e que me
agradou. O percurso, de 42 km, segue pela “Ruta
Panamericana Sur”, pista dupla em cada sentido, pedagiada (3,50 soles). Ela
vai margeando a costa, porém um pouco afastada. Quando vimos umas rochas no
mar, ficamos atraídos e saimos da estrada para conhecer o local. Para nossa
surpresa teríamos que pagar 6 soles para estacionar, o que achamos absurdo,
pois só queríamos dar uma olhada no mar... Demos meia volta e retornamos para a
“Ruta”. Outra surpresa: como havíamos
saído da via, para voltar a trafegar nela tivemos que pagar o pedágio novamente
(mais 3,50 soles!). Mais uns quilômetros e estávamos na “Punta Hermosa”. O sistema adotado pelos peruanos é o seguinte: se a
praia não está num condomínio fechado, há, mesmo assim, uma cancela e o
controle de entrada e saída de veículos são constantes.
Entramos, então, na área controlada
(sem problemas), estacionamos e saltamos para dar uma volta a pé pela orla. Uma
calçada acompanha quase toda a praia, que fica mais baixa. A água nos pareceu
muito limpa e, onde paramos, muitas boas ondas e, consequentemente, muitos
surfistas. Bom para recordar os velhos tempos, quando eu ainda praticava o
surf!
Neste momento um rapaz passava pela
calçada carregando sua prancha e eu, na maior “cara de pau” e usando meu “portuñol” fluente, perguntei-lhe se não
se incomodava de me emprestar sua prancha para eu tirar uma foto com ela...
Ele, prontamente, passou-a para minhas mãos e fiz uma pose para Mary “sacar uma foto”! Agradeci-lhe muito e
perguntei como estava o mar, no que ele respondeu: “cresciendo!”, ou seja, as ondas estavam se tornando maiores e
melhorando ainda mais! Agradeci novamente, devolvi a prancha e seguimos nossa
caminhada ao longo da praia, pela calçada.
A partir deste momento, nuvens
encobriram o sol e
aquela disposição de dar um mergulho foi passando... Propus
a Mary que fôssemos para outra praia, a de “Señorita”,
sobre a qual tinha lido a respeito de um restaurante de frutos do mar, o “Marcelo Seafood”. Ela concordou, pegamos
o carro e nos dirigimos até ela, que é a próxima ao norte (5 minutos de
viagem). Para entrar nesta tivemos que deixar um documento na guarita.
Encontramos o restaurante, estacionamos o carro e descemos a pé até a praia,
utilizando uma escadaria construída para isto.
Mary colocou os pés nas águas do
Oceano Pacífico, eu também, mas havia muita sujeira (galhos, folhas) boiando, o
que nos fez recuar e abdicar do banho de mar... Subimos a escadaria novamente e
nos acomodamos no varandão superior do restaurante, porém uma música em volume
alto que saía de uma caixa de som nos espantou para o pavimento térreo. Pedimos
uma porção de iscas de peixe empanadas e fritas e uma cerveja (a recomendação
do funcionário da Hertz que nos
entregou o carro, quando lhe perguntei sobre a legislação peruana sobre beber e
dirigir foi: “no más que una copa de
viño!”). A atendente deixou em nossa mesa um recipiente com uma porção de
milho torrado, que tem grãos grandes e que é muito consumido como o nosso
amendoim, aqui.
Parque del Amor |
Após saborearmos o milho, o peixe e
a cerveja, pagamos a conta (32 soles), pegamos o carro e minha carteira de
motorista de volta e retornamos para Lima. O trânsito estava ótimo e não
tivemos dificuldades para encontrar o caminho de volta para a pousada.
Estacionamos na rua (não há estacionamento na Casa Bella) e saimos para dar uma caminhada ao longo do calçadão
que acompanha a orla de Lima. Passamos pelo farol (El Faro), pelo “Parque del
Amor” e continuamos até o shopping
Larcomar, novamente, onde comprei um livro sobre a culinária peruana.
Pizzas”, a uns 5 quarteirões de onde estávamos. Há dezenas de pizzarias nesta rua, de um lado e do outro e, os garçons, só faltam te pegar “a laço” para você entrar no estabelecimento deles. Escolhemos o último, onde havia uma promoção: uma pizza família, de presunto ou mortadela, mais uma cerveja “Cusqueña” de 1,1 litro, por 35 soles. Resolvemos experimentar... Pedimos meio a meio, por sugestão da garçonete que nos atendeu. A pizza não era ótima e sobraram 3 pedaços, que pedimos para levar, no que fomos prontamente atendidos. Paga a conta (40 soles por causa de um copo de Coca-cola que Mary tomou), partimos para a pousada.
Quando chegamos, a recepcionista
recomendou que estacionássemos na frente do estabelecimento, pois havia câmeras
de segurança. Perguntamos a ela se seria possível tomarmos um pequeno café da
manhã às 5:30 h, já que o plano era estar no carro, seguindo para o aeroporto,
às 6:00 h. Ela disse que sim mas que teríamos que nos contentar com pão
amanhecido, com o que concordamos... Pedimos a ela, ainda, se podia guardar os
pedaços de pizza na geladeira, o que ela fez imediatamente. Subimos, tomamos
“aquele” banho e fomos dormir, pois o dia seguinte iria começar bem cedo!
6º dia: segunda-feira, 31/03/2014, Lima, Cusco
Pontualmente às 5:30 h estávamos na
sala do café da manhã. Havia um café fresquinho, cheiroso, porém nada de pão...
Não tivemos dúvidas: pedimos para pegar nossa pizza na geladeira e “detonamos”
os 3 pedaços, ainda gelados!
Na sequência subimos, pegamos as malas, agradecemos ao recepcionista por tudo e as ajeitamos no bagageiro do carro. E partimos rumo ao aeroporto! O
trajeto já tínhamos visto no googlemaps:
deveríamos seguir pela orla em direção ao norte e, em determinado momento,
pegar uma avenida paralela a esta que chegaríamos no aeroporto.
trânsito em Lima |
Como estava cedo, o trânsito fluía
fácil. Paramos num posto de gasolina e completamos o tanque (52 soles por quase
4 galões) e perguntamos como deveríamos fazer. A atendente nos orientou para
pegarmos a avenida à direita, seguirmos até um viaduto, o qual passa por baixo
da avenida do aeroporto. Pronto! Estávamos no caminho correto! Só que o
trânsito “engrossou” e levamos 40 minutos para percorrer os últimos 500 m! E,
para contornar uma rotatória e pegar a pista que dá acesso à área ao
estacionamento, foi uma “guerra”... O fluxo estava muito intenso e os
motoristas não dão chance! Mas, com jeitinho, Mary sinalizando com a mão, quase
pedindo pelo amor de Deus, conseguimos!
Para nossa surpresa o atendente da Hertz não estava lá. Mary seguiu com a
mala dela até o balcão da empresa e, logo em seguida, ele apareceu. Fez a
devida inspeção no carro e me deu um formulário preenchido para eu entregar no
balcão. Chegamos lá, pagamos a conta e aproveitei para atualizar a atendente,
Ana, com as informações sobre o pedágio na Panamericana, pois ela havia nos
informado o valor errado. Despedimo-nos e fomos despachar nossa bagagem.
Pedimos à LAN para colocar uma
etiqueta de “frágil” na minha mala, já que tinha uma garrafa de vinho dentro
dela, o que foi feito. Seguimos para a sala de embarque (vôos nacionais...) e,
após as inspeções de praxe pelo raio X, aguardamos mais uns 40 minutos para
embarcar, utilizando, mais uma vez, a prerrogativa da minha “melhor idade”.
Aprendemos mais uma coisa: “Preferentes” são os passageiros que
viajarão na classe executiva ou são portadores de cartões platinum ou ouro; “Preferenciales” são os idosos,
cadeirantes, pais com crianças...
A viagem dura 1:20 h e balançou um
pouco em duas oportunidades, porém nada que atrapalhasse. Durante
o voo serviram
um pacotinho de milho torrado salgado, água e suco. Desembarcamos em Cusco no horário previsto, 10:20 h, pegamos
as malas e, no saguão, fomos até a “Oficina
de Turismo”, onde conseguimos um mapa local. Na sequência fomos abordados
por vários taxistas e por agentes de turismo nos oferecendo “pacotes” para Machu Picchu, etc.. Negociamos com um
motorista, para nos levar até o hotel, por 50 soles, ao invés dos 60 que ele
pediu (é um táxi “especial”, “oficial”, etc, etc...)
Oficina de Turismo |
A pousada, “Intikahuarina B&B”, é simples e bem localizada
e só um detalhe que não sabíamos: a recepcionista nos informou que para termos
direito a calefação (aquecedor), temos que pagar mais 10 soles por noite. Não
solicitamos e pagamos as 4 diárias (US$118), incluindo o café da manhã. Nosso
quarto ficava no 2º pavimento. Subimos com as malas e, então, sentimos os
efeitos da altitude da cidade, de 3.800 m acima do nível do mar: faltou ar!
Como recomendado, deitamos e ficamos descansando por umas 2 horas, para o
organismo começar a se acostumar com o ar mais rarefeito.
Após este período saímos para
procurar algo para comer. Achamos um restaurante de onde vinha um aroma gostoso,
de comida caseira, bem temperada. Estava cheio: famílias, estudantes,
trabalhadores. Não tivemos dúvida: entramos e nos acomodamos, pois a fome aumentou...
Pedi uma taça de vinho, um fetuccini
a bolonhesa e Mary um “a francesa”, com presunto, ervilhas e creme de leite.
Esperamos um bom tempo e, aí, vieram nossos pratos, enormes, muito bem servidos,
saborosos! Era muito e nem conseguimos comer tudo...
fetuccini a bolonhesa |
fetuccini a francesa |
Catedral del Cuzco |
Muito bem alimentados, fomos trocar
dinheiro, comprar água e fazer uma caminhada de reconhecimento pelo centro
histórico: a Plaza de Armas e a
Catedral del Cuzco ficam numa região
repleta de restaurantes e cafeterias, além, lógico, das vendedoras ambulantes
de anéis, brincos e pulseiras de “prata”, que só faltam pedir “pelo amor de
Deus” para comprarmos alguma coisa! Também são inúmeros os vendedores
ambulantes de telas com pinturas “incas”, com idêntica vontade de te vender
algo...
Depois voltamos ao B&B, pois
Mary começou a sentir os efeitos da altitude, com uma pequena dor de cabeça,
quase uma enxaqueca... Ela tomou umas gotas de dipirona e ficou deitada,
quietinha, esperando tudo passar. Eu aproveitei o wi-fi e fiz umas pesquisas na internet,
sobre atrações e locais a serem visitados. Já estava de noite e o almoço ainda
não havia sido perfeitamente digerido, devido a grande quantidade de massa
deglutimos... Resolvemos, então, que não iríamos sair nem comer mais nada: o
melhor seria tomar banho e dormir. Foi o que fizemos...
7º dia: terça-feira, 1º/04/2014, Cusco
Levantamos um pouco mais tarde, neste dia, já que não tínhamos nenhum compromisso. Depois do café da manhã (café preto, leite, água quente para fazer chá, pão, manteiga e geleia de morango) voltamos para o quarto e enviamos uma mensagem para a agência de turismo, Qorianka Tours, onde tínhamos comprado, pela internet, nossa ida a Machu Picchu (translado de van até Ollantaytambo, +- 1:30 h, que é a cidade onde se toma o trem até Águas Calientes, + 1:40 h de viagem, onde se pega um micro-ônibus que leva os turistas até a cidade sagrada em meia hora, subindo uma estradinha de terra, estreita, onde só circulam estes veículos!) por US$230 cada passageiro, mas ela não respondeu.
Plaza de San Blas |
A solução foi irmos até o centro,
onde fica seu escritório. Mariela, proprietária, não estava, mas as duas
atendentes encontraram nossa reserva e a imprimiram. Telefonaram para a empresa
que faz o translado e informaram o hotel onde estávamos: marcaram, então, para
3:30 h da manhã (!) nos pegarem lá. Pagamos em dólares cash e continuamos nossa caminhada pelos arredores. Seguimos até a Plaza de San Blas, onde outra igreja antiga está situada, bem como
diversas pousadas e hostels, o que
deu para perceber que é um local mais voltado para os mochileiros, que gostam
de viajar e se hospedar onde podem compartilhar suas experiências e outras
coisas mais.
confeitaria |
Continuamos a andança pelas ruas
estreitas da cidade e nossa meta era comprar os ingredientes para preparar o
lanche que levaríamos para a excursão a Macchu
Pichu no dia seguinte. Depois de muito caminhar e perguntar, encontramos o Orion. Nele adquirimos 2 caixinhas tetra-pack com suco de laranja, um
vidrinho com ½ litro de chá sabor pêssego, um pacote pequeno com pão de forma
integral, 200 g de queijo Edam
fatiado e 200 g de presunto, também já fatiado e uma garrafa de 1 l de água
mineral.
Praça Pumaqchupan |
Quando resolvemos voltar para a
pousada, ao passarmos em frente à praça Pumaqchupan,
onde há uma queda d’água e um painel com um puma, símbolo da cidade, achamos o
restaurante “La Cabaña”, muito bem
arrumado e convidativo. Fomos até ele olhar seu cardápio e havia 4 pratos com
trutas, ótima pedida para aquela noite. Conversamos um pouco com o gerente, que
nos explicou cada prato e prometemos voltar.
infusiones |
De volta à pousada, pedimos para
nos chamarem à 3 da manhã (mesmo assim programamos os celulares para tocarem,
também...), perguntamos se era possível tomarmos um café naquela hora, o que
nos atenderam prontamente. Preparamos os sanduiches, guardamos tudo na
geladeira da cozinha e fomos dormir.
truta grelhada |
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